No dia 5 de janeiro de 2024, um grave incidente com o voo ASA1282, da Alaska Airlines, chamou atenção do mundo da aviação. A aeronave envolvida, um Boeing 737 MAX 9, havia decolado do Aeroporto Internacional de Portland, no estado americano do Oregon, com destino ao Aeroporto Internacional de Ontario, na Califórnia. O que parecia ser um voo comum se transformou em um momento de tensão e urgência a mais de 16 mil pés de altitude.
💥 O que aconteceu?
Durante a subida, por volta de 16.500 pés (cerca de 5 mil metros), os pilotos enfrentaram um evento grave de despressurização repentina. Um plugue da porta traseira esquerda — que é uma seção do avião usada para fechar um espaço onde normalmente estaria uma porta — se soltou em pleno voo, deixando um buraco visível na fuselagem.
Apesar do susto, a tripulação declarou emergência e conseguiu realizar um pouso de emergência seguro em Portland. Estavam a bordo 171 passageiros e 6 tripulantes, e felizmente, não houve mortes. Três pessoas sofreram ferimentos leves devido à descompressão.
🔍 O que causou o problema?
A investigação inicial conduzida pelo NTSB (National Transportation Safety Board) apontou um erro crítico de montagem. Segundo os dados coletados, quatro parafusos essenciais para fixar o plugue da porta estavam ausentes.
Esses parafusos deveriam manter a peça firmemente presa à fuselagem. De acordo com os registros da Boeing, o plugue da porta havia sido reinstalado após manutenção, e provavelmente foi entregue sem os parafusos corretamente instalados.
🛑 Repercussões e medidas
Após o incidente, a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) determinou a imediata inspeção de todas as aeronaves Boeing 737 MAX 9 equipadas com esse tipo específico de plugue de porta. Várias companhias aéreas tiveram que suspender voos temporariamente para checagens de segurança.
O caso também reacendeu discussões sobre os processos de qualidade da Boeing, que já havia enfrentado problemas sérios com a linha MAX no passado, especialmente após os dois acidentes fatais envolvendo o 737 MAX 8 em 2018 e 2019.
✈️ Conclusão
O incidente com o voo 1282 não resultou em tragédia graças à rápida ação da tripulação e aos protocolos de emergência bem executados. No entanto, ele serve como um alerta importante sobre a importância da manutenção rigorosa e da supervisão de segurança na indústria aeronáutica.
As investigações ainda estão em andamento, mas o ocorrido já gerou mudanças imediatas e promete ter impacto duradouro nas práticas da Boeing e de empresas que operam o modelo 737 MAX 9.
